A diretoria do SINDSEMP-RJ representou contra uma servidora que exerce a função de supervisora administrativa pela prática de assédio moral horizontal, pedindo seu afastamento cautelar enquanto durar a apuração, para evitar represálias aos servidores denunciantes.
Após ouvir diversos servidores e servidoras ao longo de anos, a diretoria do SINDSEMP-RJ, junto com a equipe jurídica do Escritório Cezar Britto, conseguiu reunir relatos suficientes para iniciar uma apuração a respeito das condutas da supervisora.
As queixas são sólidas e quase todas giram em torno de práticas reiteradas de excessivo controle de cada detalhe da vida funcional: jornada de trabalho, horário de descanso, uso de perfume, roupas, uso de fones de ouvido dos funcionários sob supervisão. Isso caracteriza hipervigilância e microgerenciamento da vida funcional, gerando perseguição e constrangimento. Relatos indicam que até mesmo o tempo de demora nas idas ao banheiro era controlado com rigor, com ligações e pedidos de explicações.
Com esse comportamento abusivo, a representada ganhou fama, e os órgãos por ela supervisionados passaram a ser evitados pelos servidores que buscam movimentação interna entre órgãos.
Para o presidente do SINDSEMP-RJ, Vinícius Zanata, só foi possível apresentar a representação depois de tanto tempo graças à coragem de servidores e ex-servidores reunidos pela diretoria, juntamente com o jurídico e com o apoio psicológico do projeto Acolher Assemperj.
“Há muitos anos acompanhamos relatos abusivos sobre essa mesma pessoa, mas apenas em tom de desabafo. Como ocorre com frequência, há muito temor de denunciar. Acreditamos que há muitos outros relatos a surgir a partir das testemunhas arroladas e da repercussão. Afinal, a representada está na casa há muitos anos e fez muitas vítimas.”
Caso você conheça alguém ou tenha sofrido com práticas abusivas, solicitamos que procure algum dos integrantes da Diretoria para avaliarmos se a demanda pode fortalecer ainda mais as provas já apresentadas.